segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

“Pornografia não é estupro”

A humanidade sempre teve lados obscuros, que a maioria preferia esconder, mas que hoje estão mais expostos. Com Facebook , MSN, Twitter e outros, as pessoas passam o dia colocando para fora o que pensam e sentem. Há novos canais para o desejo de se dar ao mundo, de se expor, de se colocar ali para todo mundo ver. Está muito mais fácil exibir sua intimidade e achar outras pessoas que tenham os mesmos gostos e os mesmos lados obscuros.

As perversões e os fetiches existem há milhares de anos. O marquês de Sade é do século 18! Não inventaram ontem a sacanagem. A diferença é que geralmente essas pessoas se escondiam mais, satisfaziam-se dentro de casa. Hoje, com as novas tecnologias , pessoas em diferentes partes do mundo podem formar comunidades em torno de certos fetiches. E, quando alguém encontra outro indivíduo que tenha os mesmos fetiches, há a descoberta de uma fraternidade.

A arte que eu curto, pornográfica ou não, vem do instinto, muito mais que da cabeça. São coisas que você faz instintivamente, sem pensar no porquê. Quando eu fotografo uma mulher sem roupa, eu penso nas reações instintivas, quase animais, que emergirão nas pessoas que virem a foto. Pensando nisso, quero fazer uma fotografia que sirva para mim, que me agrade. Eu gosto de caçar a beleza. Ao mesmo tempo, quero que seja um trabalho que o público entenda instintivamente e que seja útil. Quero que minhas modelos sejam felizes consigo mesmas, quero que o leitor se sinta feliz, quero que minha mãe se orgulhe de mim. Também quero uma desculpa para vagar pelo mundo na companhia de gente extraordinariamente linda.

Não tenho saco para o discurso moralista que ainda vê a pornografia como degradação da mulher. A arte supera essa discussão. Quando faço um trabalho que alguns consideram pornográfico, não estou estuprando ninguém. São coisas que a grande maioria dos adultos faz e, se não faz, provavelmente gostaria muito de fazer. A modelo tem vontade de se expor e se sentir bela, ou poderosa ou o que seja, eu tenho a vontade de fotografá-la e fazemos um trabalho bonito e de qualidade. Se clico uma mulher pelada, é porque eu sei que vou tirar algo lindo dela. É uma comemoração.
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6 comentários:

  1. a pornografia e apenas um quadro uma pintura uma imagem animadaora prostituiçao e seus produtores nao passam de cafetoes travestidos de empresarios...a pornografia e uma industria miseral pois e como uma maquina de lavar onde as mulheres so torcidas ao limite maximo...

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  2. dizer que a pornografia e arte chega ser comico se nao fosse tragico...ao contrario do erotismo que tem sensualidade e ate um lado poetico...

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  3. a pornagrafia sao duas palavras gregas, porne=prostituta,grafe=representaçao...sim ...sim sempre a midia consegue a façanha de fazer a alquimia e ate legitimar esta prostituiçao grafica...pois o poder da midia e a força do capital sao impactantes...

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  4. a pornografia e apenas mais uma das faces do capitalismo ,nao que o capitalismo seja o grande satan...mais...e uma face selvagem pois faz que a sexualidade destas lindas jovens seja esmagada como se esmaga um barata...e claro mais tarde terao consequençias...isto nao e divulgado mais algumas atrizes entre aspas porno caem e depressao ou cometem suiçidio...

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  5. Pornografia é pornografia e não arte. Nudez pode ser arte,mas pornografia nunca é. A pornografia visa a excitação, a ereção, o desejo. Prazer sexual , prostituição. Coloquem o nome que quiserem é isso q ocorre, não é moralismos, nada contra a moral, é apenas a realidade. Antes de dizer que qualquer merda é arte pensem. Uma luta de boxe é arte? Se qualquer coisa é arte aqualificação desta não enobrece em nada já que fotografar pessoas cagando ou trepando também pode ser arte.

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  6. Alguns materiais pornocênicos (uma vez que grafos é do grego para escrita), tem sim uma aura artística, que pretende resgatar certos sentimentos em quem consome. Porém, a indústria pornô transformou o momentum capturado em um momentum enlatado, pasteurizado.

    Não dá pra considerar um site "hardcore" como sendo expressão artística. Está mais para um registro com uma finalidade. É tão consumo, tão pague-veja-masturbe-se que não há espaço para contemplação, para sorver a forma feminina ou masculina, os volumes, formas etc.

    A arte erótica não coisifica a mulher, mas a indústria pornô sim. Essa é degradante, é machista e violenta. Daí acho importante separar ambos em seus departamentos.

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Silvana Marmo