terça-feira, 24 de julho de 2012

Quando a vida começa? Visão das Religiões, da Ciência e da Lei

5 respostas da ciência1. Visão genética
A vida humana começa na fertilização, quando espematozóide e óvulo se encontram e combinam seus genes para formar um indivíduo com um conjunto genético único. Assim é criado um novo indivíduo, um ser humano com direitos iguais aos de qualquer outro. É também a opinião oficial da Igreja Católica.

2. Visão embriológica
A vida começa na 3ª semana de gravidez, quando é estabelecida a individualidade humana. Isso porque até 12 dias após a fecundação o embrião ainda é capaz de se dividir e dar origem a duas ou mais pessoas. É essa idéia que justifica o uso da pílula do dia seguinte e contraceptivos administrados nas duas primeiras semanas de gravidez.

3. Visão neurológica
O mesmo princípio da morte vale para a vida. Ou seja, se a vida termina quando cessa a atividade elétrica no cérebro, ela começa quando o feto apresenta atividade cerebral igual à de uma pessoa. O problema é que essa data não é consensual . Alguns cientistas dizem haver esses sinais cerebrais já na 8ª semana. Outros, na 20ª .

4. Visão ecológica
A capacidade de sobreviver fora do útero é que faz do feto um ser independente e determina o início da vida. Médicos consideram que um bebê prematuro só se mantém vivo se tiver pulmões prontos, o que acontece entre a 20ª e a 24ª semana de gravidez. Foi o critério adotado pela Suprema Corte dos EUA na decisão que autorizou o direito do aborto.

5. Visão metabólica
Afirma que a discussão sobre o começo da vida humana é irrelevante, uma vez que não existe um momento único no qual a vida tem início. Para essa corrente, espermatozóides e óvulos são tão vivos quanto qualquer pessoa. Além disso, o desenvolvimento de uma criança é um processo contínuo e não deve ter um marco inaugural.


5 respostas da religião
1. Catolicismo
A vida começa na concepção, quando o óvulo é fertilizado formando um ser humano pleno e não é um ser humano em potencial. Por mais de uma vez, o papa Bento 16 reafirmou a posição da Igreja contra o aborto e a manipulação de embriões. Segundo o papa, o ato de “negar o dom da vida, de suprimir ou manipular a vida que nasce é contrário ao amor humano.”

2. Judaísmo
“A vida começa apenas no 40º dia, quando acreditamos que o feto começa a adquirir forma humana", diz o rabino Shamai, de São Paulo. “Antes disso, a interrupção da gravidez não é considerada homicídio.” Dessa forma, o judaísmo permite a pesquisa com células-tronco e o aborto quando a gravidez envolve risco de vida para a mãe ou resulta de estupro.

3. Islamismo
O início da vida acontece quando a alma é soprada por Alá no feto, cerca de 120 dias após a fecundação. Mas há estudiosos que acreditam que a vida tem início na concepção. Os muçulmanos condenam o aborto, mas muitos aceitam a prática principalmente quando há risco para a vida da mãe. E tendem a apoiar o estudo com células-tronco embrionárias.

4. Budismo
A vida é um processo contínuo e ininterrupto. Não começa na união de óvulo e espermatozóide, mas está presente em tudo o que existe – nossos pais e avós, as plantas, os animais e até a água. No budismo, os seres humanos são apenas uma forma de vida que depende de várias outras. Entre as correntes buditas, não há consenso sobre aborto e pesquisas com embriões.

5. Hinduísmo
Alma e matéria se encontram na fecundação e é aí que começa a vida. E como o embrião possui uma alma, deve ser tratado como humano. Na questão do aborto, hindus escolhem a ação menos prejudicial a todos os envolvidos: a mãe, o pai, o feto e a sociedade. Assim, em geral se opõem à interrupção da gravidez, menos em casos que colocam em risco a vida da mãe.


5 respostas da lei
1. Brasil
Aqui, só há duas situações em que o aborto é permitido: em casos de estupro ou quando a gravidez implica risco para a gestante. Em quaisquer outros casos a interrupção da gravidez é considerada crime. Espera-se ainda para este ano uma decisão final do Supremo Tribunal Federal que pode liberar ou proibir em definitivo o aborto de fetos anencéfalos no país.

2. Eua
O aborto é permitido nos EUA desde 1973, quando a Suprema Corte reconheceu que o aborto é um direito garantido pela Constituição americana. Pode-se interromper a gravidez até a 24ª semana de gestação – na época em que a lei foi promulgada, era esse o estágio mínimo de desenvolvimento que um feto precisava para sobreviver fora do útero.

3. Japão
Foi um dos primeiros países a legalizar o aborto, em 1948. A prática se tornou o método anticoncepcional favorito das japonesas – em 1955 foram realizados 1 170 000 abortos contra 1 731 000 nascimentos. Hoje, o aborto é legal em caso de estupro, risco físico ou econômico à mulher, mas apenas até a 21ª semana – atual limite mínimo para o feto sobreviver fora do útero.

4. França
Desde 1975 as francesas podem fazer abortos até a 12ª semana de gravidez. Após esse período, a gestação só pode ser interrompida se dois médicos certificarem que a saúde da mulher está em perigo ou que o feto tem problema grave de saúde . Em 1988, a França foi o primeiro país a legalizar o uso da pílula do aborto RU-486, que pode ser utilizada até a 7ª semana de gestação.

5. Chile
Proíbe o aborto em qualquer circunstância. A prática é considerada ilegal mesmo nos casos que colocam em risco a vida da mulher. Em casos de gravidez ectópica – quando o embrião se aloja fora do útero, geralmente nas trompas – a lei exige que a gravidez se desenvolva até a ruptura da trompa, colocando em risco a saúde da mulher.

13 comentários:

  1. Tanto faz se o aborto seja permitido ou não.
    A vida começa quando ela quiser. Independente do que nós humanos façamos, as nossas ações só vão desenvolver o conceito de vida de forma com que ele se adapte as necessidades da realidade.

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  2. Parabéns por importante informação com carater esclarecedor e aindo com conhecimento de causa de uma Bióloga a favor da Vida é claro!

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  3. Minha querida amiga Silvana, boa noite!!!
    Muito bom poder conhecer as diversas opiniões sobre o início da vida e sobre a prática do aborto, muito interessante, gostei!!!
    Sou totalmente contra o aborto, por entender que ninguém pode julgar e condenar uma vida, somente a Deus compete decidir sobre a vida e a morte.
    Parabéns pela excelente postagem, adorei saber!!!
    Grande abraço e muita paz!!!

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    1. Você é contra a legalização do aborto ou é contra o aborto, mas a favor que a mulher decida se quer ou não abortar?

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  4. Muito importante a postagem sobre opiniões sobre aborto e diversas opiniões,e informações sobre outros países a respeito da realização de abortos e suas permissões.
    Parabéns pelo post.

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  5. Parabens pelo Post!

    Está na hora no Brasil descriminalizar o aborto.

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  6. eu so homem quem deve escolher e a mulher o corpo e dela.

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    1. Se fosse vc e sua mae tivesse escolido a abortar seria bom seu ignorante

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    2. Feto não é parte do corpo da mulher. Trata-se de um ser autônomo, um ser à parte. Se a mulher quiser por silicone, fazer plástica etc, isso é problema dela, mas aborto não é um direito da mulher.

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  7. Obrigada, Silvana, por compartilhar tão importante pesquisa.
    Sim à vida, sempre!
    Tenho ficado estarrecida com a "simplicidade" como se trata a questão do aborto.
    Campanhas de orientação e conscientização evitariam tanto alarde sobre um assunto tão polêmico...
    Meu afetuoso abraço,
    Yolanda

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  8. vivemos numa democracia se tiver ums ateus qrendo fazr aborto temos q deixar. Se Deus deu a chance do homen escolher o caminho q vai seguir, pq a igreja qr proibir. Sou contra o aborto mais n podemos ser egoistas, n eh pq somos cotra q td mundo tm q ser contra

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    1. Eu concordo com você. Deve-se legalizar o aborto. Mas não concordo quando você infere que ateu é a favor do aborto. O ateu não defende o aborto, ele defende que a mulher possa escolher se quer ou não abortar. Além disso, os abortos ilegais realizados no país, são realizados por mulheres teístas, católicas, evangélicas, espíritas e outras religiões, como mulheres atéias.

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  9. Obrigado,essas dicas me ajudaram em um trabalho da faculdade

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Silvana Marmo